sexta-feira, 24 de dezembro de 2010

Blaise Pascal (1623-1662) - Pensamentos (Livro publicado postumamente em 1670)

"O coração tem razões que a razão desconhece"


"A última tentativa da razão é reconhecer que há uma infinidade de coisas que a ultrapassam"


"Se se submete tudo à razão, a nossa religião nada terá de misterioso e sobrenatural. Se se contrariam os princípios da razão, a nossa religião será absurda e ridícula".


"Sustentar a religião até à superstição é destruí-la".


"Dois excessos: Excluir a razão, só admitir a razão".


"A alma é jogada no corpo para aí fazer estada de curta duração"


"A fraqueza e razão do homem parecem bem maiores naqueles que não a conhecem"


"Se se é muito jovem, não se julga bem. Se se é muito velho, a mesma coisa. Se não se sonha muito ou se sonha demais, encabula-se e não se pode encontrar a verdade".


"Poucas coisas nos consolam porque pouca coisa nos aflige"


"A doçura da glória é tão grande  que a qualquer coisa que ela se ligue, mesmo que seja a morte, nós a queremos".


"Eu posso me conceber um homem sem mãos, sem pés e eu o conceberia mesmo sem cabeça, se a experiência me provasse que é por ela que ele pensa. É, pois, o pensamento que faz o homem e sem o qual eu não o posso conceber".


"Existe, pois, muita claridade para esclarecer os iluminados e muita obscuridade para humilhá-los".


"A miséria persuade o desespero; o orgulho inspira a presunção".


"Com que pouco orgulho o cristão se julga unido a Deus! Com que pouca abjeção se iguala aos vermes da terra!".

Reducionismo filosófico

As simplificações do pensamento de um filósofo, reduzindo-o a uma expressão ou idéia, fora do contexto em que foi escrito, implica em reduzir o sentido e o alcance do pensamento do pensador. Exemplos clássicos disso encontramos quando relacionamos as seguintes expressões como único meio de entendimento do autor. Por exemplo: entender Maquiavel apenas pela expressão "os fins justificam os meios"; ou Hobbes em "O homem é o lobo do homem"; ou ainda Rousseau pela expressão "o homem nasce bom, mas a sociedade o corrompe".

segunda-feira, 20 de dezembro de 2010

Pra quê?

Servirá esse blog, a partir de agora, para registrar a minha interação com o mundo, motivando-me à anotação das minhas impressões acerca da vida e dos fatos que me rodeiam. Não serei, como penso não ser possível a ninguém, indiferente às inquietações que afligem o ser e questionam o sentido da existência. A filosofia será, portanto, a ferramenta com a qual procurarei construir minha tenda e quem sabe aliviar as intempéries do tempo e do espaço.