Era
Porto Salgado
Hoje
nem porto, nem sal
Era
caranguejo que se vendia
E
lanchas que aportavam
Vindas
do delta, dos igarapés
Tinha
uma águia lá em cima
Eu
era criança e me lembro
Ir à Ilha Grande só de balsa
Era
o famoso batelão, como se dizia
Quando
se queria ir pros morros
Mas
não sem antes avistar
Os
cata-ventos - diferentes ventos:
Ou
quem sabe pro "céu" se iria
Pros
tatus, ou labino, quem sabe?
Eram
cajus doces imperdíveis!
Antes
da ponte de Simplício Dias
Aquilo
lá era um mistério!
Hoje
não se tem mais mistério,
É
só subir que já se está
Na
vazantinha a perambular.
Naqueles
tempos
De
calções e camisetas abertas
Ao
sair do "Miranda Osório"
E
passar pela "Merenda do Índio"
Um
ligeiro persignar na "Praça da Graça"
Pra
deliciar aquele momento
Que
embora perdido no tempo
Continua
avesso à monotonia,
Atesto
de uma alquimia
De
emoções e saudades
Do
pequeno sonhador
À
beira do Porto Salgado
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